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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Comentário sobre Meyerhold semana 4

Universidade Aberta do Brasil – UAB


Universidade de Brasília - UNB

Instituto de Artes - IdA

Licenciatura em Artes

Disciplina: Historia do Teatro II

Professor: Marcus Mota

Tutora: Dhenise de Almeida Celso Neto

Aluna: Eunice sobrinho do Nascimento

Tarefa: Comentário sobre Meyerhold



Após muitas leituras dos textos disponível na plataforma e assistir os vídeos sobre biomecânica e discutir com os colegas no fórum sobre a questão entre Meyerhold e Stanislavski foi possível perceber que o teatro possui varias dimensões que precisam ser desenvolvidas, pois vimos que Meyerhold aprendeu com as teorias de Stanislavski e só depois desenvolve suas próprias criatividades de encenação, fazendo dos seus conhecimentos um novo ator.

Conforme o texto Meyerhold: A materialidade do teatro, “No lugar de romancear Meyerhold, nos propomos a examinar sua decisiva participação no teatro moderno”, ele acompanhou de perto todos os resultados que o teatro naturalista trazia e começou a discordar, porem não encontrava a maneira correta para apresentar o que ao seu ponto de vista era mais preciso, então quando ocupa um lugar político, passa apresenta suas formas de fazer teatro.

Para Meyerhold “o ator deve sempre colocar em primeiro lugar o controle de seu corpo. Temos na cabeça não um personagem, mas uma reserva de materiais técnicos. O ator está sempre na posição de um homem que organiza seu material. Deve utilizar com precisão seu diapasão e todos os meios de que dispõe para executar uma intenção dada. A qualificação do ator é sempre proporcional ao número de combinações que ele possui em sua reserva de técnicas.” (enunciados sobre a biomecânica v. Meyehold).

Na concepção de Stanislavski é importância que o ator esteja presente de corpo e alma na hora da atuação, para que sua encenação não seja uma imitação repetitiva, pois segundo suas idéias o ator precisa de leitura, compreensão de textos e aparte daí desenvolver seu próprio conhecimento, pois “um dos procedimentos utilizados por ele foi o subtexto que é uma teia de incontáveis, variados padrões interiores dentro de uma peça e de um papel”.

Diante desses conflitos de encenação apresentados pelos autores é possível perceber que ambos buscaram a inovação de apresentar as formas teatrais, sendo que um de forma natural expondo corpo, alma e sentimento, e o outro as inovações tecnológicas no mundo moderno que vivenciamos atualmente dando sentido a materialidade no espaço cênico.

























Referencias: Todos disponível na plataforma, como;

Meyerhold e a teatralidade Documento PDF

Meyerhold e a teatralidade Documento PDF

Meyerhold e o Teatro de Arte de Stanislávski Documento PDF

Artigo sobre Meyerhold e a modernidade Documento PDF

Comentário dos Materiais sobre B. Brecht da semana 5

Universidade Aberta do Brasil - UAB


Universidade de Brasília - UNB

Instituto de Artes - IdA

Licenciatura em Artes

Disciplina: História do Teatro ll

Professor: Marcus Mota

Tutora: Dhenise de Almeida Celso Neto

Aluna: Eunice Sobrinho do Nascimento

Tarefa: Comentário dos Materiais sobre B. Brecht







Após as profundas leituras nos textos disponíveis e assistir vários vídeo sobre estranhamento, mesmo que encenados por outros autores, pude compreender melhor sobre o texto o “Pequeno Órganon” de Bertold Brecht, pois ele em seu texto apresenta fatores muito importantes, que o ator precisar ter conhecimento antes de apresentar uma perca, levando em conta à interação da platéia e do palco, para que as pessoas que estão assistindo, consiga compreender que o teatro não se limita, apenas em diversão e sim entenda o desenrolar da mensagem transmitida pelo o ator, onde o espectador seja parte desta apresentação, confesso que para poder assimilar o sentido desse estranhamento, primeiro fiz pesquisa sobre o que seria esse tal pronunciamento, porque o autor esclarece seu objetivo,mas o fato de ser o oposto do que custamos ver precisa de uma reflexão mais diferenciada.

Como já tinha lido o texto da gaivota em outros momentos tentei utiliza as mesmas estratégias de leitura para entender o proposto, fazendo observações por partes, e identifiquei logo que Brecht faz uma observação de como o teatro tem sido desenvolvido desde os tempos passando, e as diferenças na forma de apresenta correlacionando o teatro chinês ao ocidental, ele fez diversas observações, a principio o cenário do teatro chinês não precisava de quatro paredes para ser apresentado, porque os atores eram aptos a desenvolver as artes de “canto, fala interpretação, e luta marcial, que envolve musica, dicção, gestos teatrais e eurritmia (dança mais acrobacia)”, bem diferente das apresentações do teatro ocidental, deixando claro que o ator pode criar seu ambiente de atuação, ou cenário de apresentação, mesmo que em um palco vazio, ele “cria o ambiente apropriado em volta dele”. Como nos esclarece o texto do o efeito de estranhamento na interpretação do teatro chinês de Brecht.

Então Brecht começa a deduzir que o teatro pode esta servindo como parte importante da educação da sociedade, visando os acontecimentos que as pessoas encaram na realidade, mesmo que de forma simbólica, não necessariamente precisaria fazer a representação com objetos reais, mas através dos gestos teatrais, como cita o texto o pequeno Órganon, “o teatro tem que se compromete com a realidade, pois só assim será possível produzir imagens eficazes da realidade”.

Para o autor, o ator não precisa viver o personagem, basta apenas que represente de forma clara sua mensagem, para o espectador criar sua imaginação rápida do que esta sendo demonstrado, não importa como seja essa representação, o importante é a compreensão, pois conforme as teorias brechtianas para o ator não correr o risco de viver o personagem ele precisas do “uso da terceira pessoa, uso do passado, a enunciação das anotações, rubricas e explicações”, assim facilitaria o distanciamento descrito por Brecht.

Segundo o texto o pequeno Órganon “o teatro consiste na apresentação de imagens vivas de acontecimentos passados no mundo dos homens que são reproduzidos ou que foram, simplesmente, imaginados; o objetivo dessa apresentação é divertir. Será sempre com este sentido que empregamos o termo, tanto ao falarmos do teatro antigo como do moderno”. Pelo o que pude perceber o texto pequeno Órganon foi à parte da explicação teórica de Brecht e peça Mãe Coragem foi a pratica de como atuar, porque ele matem o distanciamento apresentando a realidade como vivi a humanidade, desde os fatores econômicos, social, político e histórico, prova disso é que no final da peça, a mãe Coragem puxando a carroça - Esperem por mim! Ouvem-se vozes cantando ao fundo: com seus trancos e barrancos, A guerra vai se arrastando: já está fazendo cem anos, E ninguém saiu ganhando. Come lama, veste trapo! O soldo é de quem apanha! Mas talvez haja um milagre: Não terminou a campanha. É primavera. Acorde, homem de Deus!A neve se derrete. Estão dormindo Os mortos. Que se agüente nos sapatos Aquele que não está morto ainda!”E normalmente as peças ou as novelas apresentam final felizes com grandes beijos e festas, já Brecht conservou e manteve seu estranhamento.

Uma outra parte da peça que considerei bem estranho foi que a mãe coragem perdeu todos os seus filhos de forma trágica e não fez nem um escândalo, nem entrou em depressão como faz as mães que pedem os filhos, ao contrario ela encarou como algo natural, e continuou sua trajetória de vida sem fazer relatos das perdas. Cada apresentação da peça é como pontos de criticas para a situação da realidade em termos políticos e religiosos, pode-se identificar isso quando o “cozinheiro descalçado as botas e desenrolando os panos que lhe envolve os pés _ se com a guerra o senhor não tivesse virado um profano tão sem-vergonha, bem poderia agora, com a paz, arranja facilmente outra paróquia. De cozinheiro ninguém está precisando:não há o que cozinhar:Mas a fé continua, agora e sempre:nisso, não mudou nada”. Com estas frases nos remete a idéia de que existir, a falta de emprego, não tem o que fazer para comer, a miséria prevalece os religiosos e políticos estão corruptos, no entanto a humanidade precisa fica a espera do milagre.

Portanto o que posso dizer é Brecht com seu estranhamento realmente conseguiu apresentar “a poesia, o romance, o ensaio, a crítica teatral e o aforismo”, segundo ele “A ciência e a arte têm em comum o fato de ambas existirem para simplificar a vida do homem; a primeira; ocupada com a sua subsistência, a segunda, em proporcionar-lhe diversão”.





Referencias:

Mae_corag... Pdf, brechtnov... Pdf,

ESTRANHAMENTO. B. BRECHT Documento PDF

ESTRANHAMENTO TEATRO CHINÊS Documento PDF

fórum da semana 5 da disciplina de HISTÓRIA DO TEATRO II.

Professora diz:


Meus queridos alunos,

Nesta semana vamos estudar as idéias de Brecht para o teatro. Este dramaturgo tem uma influência muito grande para o teatro brasileiro e mundial. Ele foi referência para Augusto Boal, Zé Celso, Companhia do Latão dentre outros.

Leiam os textos da semana e a peça “Mãe Coragem” e, se possível, façam uma leitura dramática de partes da peça.

Para cumprir os objetivos da semana, além de participar deste fórum de acordo com as regras do Guia da Disciplina, devem fazer uma produção textual resumida do texto "Pequeno Organon" e da peça "Mãe Coragem".

Estes dois textos acabam de ser enviados por e-mail e encontram-se também disponíveis nos links:http://www.4shared.com/document/8TpEDsiJ/mae_coragem_e_seus_filhos_sema.html ehttp://www.4shared.com/document/Qq3loSt_/brechtnovoorganum.html

No texto Estranhamento B. Brecht, vocês encontram referências de vídeos do youtube, não deixem de assistir e de comentar aqui no fórum.

Aproveitem para pesquisar outros filmes, textos, e pesquisar sobre as montagens de Brecht famosas que tivemos no Brasil. Vocês terão grandes surpresas.



A foto abaixo é da montagem de Mãe Coragem, de 1951, em Munique - Alemanha, estrelando Therese Giehse no papel de Mãe Coragem em produção dirigida pelo próprio Bertolt Brecht.



Abraços em todos,



Dhenise.



Olá, Dhenise,

Pensar em Brecht é pensar em uma nova forma de teatro, uma proposta diferenciada ao fazer teatral de sua época, contribuindo para a história do teatro que estudamos até hoje.

O Pequeno Organon é uma peça muito importante de Brecht que nada mais foi do que uma volta ao passado, dando nova roupagem, vamos dizer assim. Isso porque O Organon que se era conhecido era de autoria de Aristóteles (mas, vamos deixar claro aqui, se cosntituia de uma verdadeira crítica a Aristóteles, quebrando a sua forma dramática e voltando-se, nesse caso, a um teatro que se propunha nascer no pós-Segunda Guerra mundial.).

O teatro assumia um papel bem maior do que apenas divertir, entreter. Agora, estava de olho em tudo que acontecia com ao redor, com o mundo que cerca, geralmente, quem escreve a história – ligando todos, de uma maneira ampla e particular: quem interpreta, quem assiste (que vai receber “um baque” ao notar que aquilo que vê está lhe transmitindo uma mensagem tão importante).

Um trecho do ‘Pequeno Organon’ que explicita bem essa questão é:

“Com efeito, as atuais relações entre os homens tornaram-se mais impenetráveis do que outrora... O que poderia ser o progresso de todos torna-se a vantagem de alguns apenas, e uma parte crescente da produção é votada à criação de meios destruidores destinados a guerras poderosas, as guerras em as mães de todas as nações, com os filhos apertados contra si, esquadrinham estupefatas o céu, no rastro dos inventos mortíferos da ciência.”

Abraços.







Olá Dhenise e colegas!

Brecht acreditava que não bastava exigir ao teatro conhecimentos, imagens elucidativas da realidade, mas sim o teatro tinha de suscitar o direito de conhecer, de fomentar o prazer da transformação da realidade.

Para ele, o ator não tem que ser exigido a transforma-se completamente em seu personagem,

Podemos perceber no texto que Brecht prestou especial atenção a ‘auto-observação’.

Se o ator não se auto observar á um ato artístico poderá acontecer um auto- estranhamento, fazendo com que a cena fique sem rendimento, e se ele se observar poderá prevenir total entrega do expectador a cena, pois em muitos casos existem gestos ou até mesmo pequenas cenas que temos que realizar com limitações por exemplo, se formos representar um menino que ganhou na mega sena não precisaríamos representar ele gritando, e sim ele com rosto de felicidades.

Enfim, Brecht tinha pensamentos de que o ator tinha que se manter a distancia do personagem que passava a representar.

Cilenilce Nogueira







Olá professora Dhenise a amigos

Concordo plenamente com a colega Cilenilce a respeito de que “Brecht acreditava que não bastava exigir ao teatro conhecimentos, imagens elucidativas da realidade, mas sim o teatro tinha de suscitar o direito de conhecer, de fomentar o prazer da transformação da realidade.”

Porque para Brecht a interpretação fica em primeiro plano, ou seja, o próprio ator é capaz de criar, “o ambiente o cenário, a atmosfera,” e qualquer outra coisa através de sua interpretação. Pois atuar é antes de tudo abandonar-se no caminho da fantasia e imaginação. Tendo total consciência de saber separar interprete de personagem.

Abraços

Professora diz:Então, O Efeito de Estranhamento, ou de Distanciamento (Verfremdungseffekt) - que também pode ser traduzido como efeito de Alienação, seria um recurso a fim de dar uma dimensão histórica para a cena, uma forma de se evitar o estilo "naturalista" de interpretação.

Como Cilenilce e Aldemira começam a explicar, o ator se reconhece com distanciamento de seu personagem, para que ele (o ator) possa comentá-lo junto ao público.

Uma pergunta a vocês: Seria o Efeito de Distanciamento uma forma de se desconstruir um personagem como uma crítica ou "teatro da empatia"?

A foto abaixo é da montagem dirigida por Brecht do texto Um Homem é um Homem (1924-26). Notem a deformidade nos corpos e tamanhos dos soldados.



Tânia diz:

Olá professora Dhenise e colegas de curso

Após fazer uma leitura dos textos sobre Brecht pude compreender que muitas de suas idéias desenvolveram em torno da proposição de um novo espetáculo dramático-musical. Procurando dinamizar as relações entre atores e público, explicitando que tudo que ali é mostrado é construído. Brecht caracteriza-se no teatro épico e didático, pelo cunho narrativo e descritivo cujo tema é apresentar os acontecimentos sociais em seu processo dialético: Diverte e faz pensar.

Discutindo o efeito de estranhamento na obra de Brecht, tendo como perspectiva a peça, Mãe Coragem, é falar da influência do teatro chinês de revelar a curiosidade e a diversão entre o espectador e de seus atores-personagens que, diante de tais acontecimentos em cenas, não se podem ir tão longe nem da próxima esquina de si mesmo. Assim, “em momento algum deve o ator transformar-se completamente na sua personagem”, Pequeno Organon para o teatro (teatro épico). A proposta de Brecht em Mãe Coragem e seus filhos é basicamente criticar a guerra, suas causas e consequências, "o tema da peça não é um personagem, mas uma situação histórica e suas conseqüências para os seres humanos". Através do efeito de distanciamento e estranhamento, através dele "Brecht denuncia o sentido mercenário da guerra, a guerra como cotidiano.

Assim podemos compreender como esse efeito D é produzido em suas peças. “Brecht notava que a auto-observação é um ato artístico de auto-estranhamento”, ou seja, impedia a platéia de identificar emocionalmente com a representação feita no palco, isto criava uma distancia entre os dois. Dessa forma Brecht usa esse efeito D para separar o público das emoções.

Abraços

Cláudio diz:

Olá professora Dhenise e colegas deste fórum.

Após fazer uma leitura do texto sobre a vida e as obras de brecht, pude compreender que através de suas idéias foi possível desenvolver uma nova forma de espetáculo dramático-musical, e isso foi mostrado quando ele reescreveu o pequeno Organon, na qual ele fez uma volta ou passado, já que o pequeno organon tinha sido escrito por Aristóteles,

notei também que os seus personagens são capaz de criar um novo cenário através de suas interpretações, pois para ele o ator e capaz de “criar o cenário, o ambiente favorável para sua interpretação”





cilenilce diz:

Olá Dhenise!

Respondendo sua pergunta, acredito que o efeito de distanciamento é uma forma de teatro da empatia, por exemplo: Podemos representar algo, apenas pelo nosso corpo, realizando assim algum gesto, e não só pela fala, fazendo assim uma representação do outro dando um significado ao outro sem precisar usar muitas vezes as atitudes e falas em cena.

Nessa imagem que você postou podemos observar que tinha pessoas nas quais suas vestimentas eram grandes para seus tamanhos. Isso nos quer dizer que a representação muitas vezes não está ligada ao personagem.

Acredito que Brecht, tinha um pensamento ligado a essa representação sendo que o ator passa a ser uma segunda pessoa em cena.

Cilenilce Nogueira

Professora diz:

Bem, acredito que há uma confusão nos conceitos, que não são poucos...



O gesto também é muito importante para Brecht, de fato, ele procura formas de se dizer pelo gesto que vão substituir palavras para o entendimento do público.



Agora, a questão do distanciamento é exatamente o inverso edssa ideia de um teatro que cativa o público pela empatia. Ou seja, até o teatro brechtiano, as formas de fazer teatral procuravam conquistar o público, de forma que o espectador se identificasse com o personagem, que se emocionasse quando o personagem estivesse emocionado.



O distanciamento brechtiano vai propor o contrário disso, ele acredita que para o espectador realmente se envolver com o espetáculo e com o enredo, o espectador deveria estabelecer uma relação crítica com o personagem, por exemplo, se o personagem estivesse feliz, isso seria motivo para a platéia ficar angustiada, pois percebia algo de fora que o personagem não percebe (o ator também pode sair do personagem para comentá-lo).



A partir dos estudos e da leitura de Mãe Coragem, vocês já conseguem identificar cenas em que percebemos esse distanciamento???



Ainda a professora:

Acredito que esta postagem da Tânia possa ser dividida em várias partes, e vou propor à turma que comentem, procurando entender um pouco de cada:



Como se dava o espetáculo "dramático-musical" de Brecht?



O que Brecht defendia a respeito da relação ator - espectador?



O que seria o teatro Épico? E o Didádito?



A questão dialética e social apresentada nos textos de Brecht, vocês conseguem percebê-la em Mãe Coragem?



O que dizer da influência do teatro chinês no método brechtiano?





São algumas perguntas que sugiro que tentem responder. Não precisam responder todas de uma vez, procurem primeiro compreendê-las e entender a resposta de cada uma.



Qualquer dúvida, caso se sintam inseguros, ultilizem o fórum de dúvidas.



Claudio:

Olá Tania estou de acordo com você quando diz que a peça mãe da coragem falar da “influência do teatro chinês de revelar a curiosidade e a diversão entre o espectador e de seus atores-personagens que, diante de tais acontecimentos em cenas, não se podem ir tão longe nem da próxima esquina de si mesmo”, e é importante lembrar que esses personagens são bastante criativos pois, os mesmos são capaz de criar um novo cenário de acordo com suas falas e interpretações.

Aldemira:

Olá colega Tânia bem explicado o seu posicionamento, vejo que fez um resumo bem sucinto do seu entendimento principalmente quando cita “as idéias Brecht desenvolveram-se em torno da proposição de um novo espetáculo dramático-musical. Procurando dinamizar as relações entre atores e público, explicitando que tudo que ali é mostrado é construído. Brecht caracteriza-se no teatro épico e didático, pelo cunho narrativo e descritivo cujo tema é apresentar os acontecimentos sociais em seu processo dialético: Diverte e faz pensar”.

Prova disso é a montagem da peça mãe coragem onde o autor procura criticar, a guerra, a igreja, a política, buscando abrir os olhos do público, apontando e denunciando a corrupção e os “vícios sociais”

Abraços

Professora:

Meus queridos,



Observem no tópico 53 do Pequeno Organon para o Teatro o que Brecht descreve a respeito do teatro da empatia e de como ele acredita que o ator deve refletir sobre seu trabalho.



Quero ler as opiniões de vocês.



Professora:

Eliete,



o Pequeno Organon é, de fato, de 1948, mas pode-se observar que ele traça sua teoria que vinha sendo desenvolvida desde os anos vinte, culminando no tratado do Teatro Épico. O Organon de Brecht não é, portanto, uma peça, mas sim seu tratado teórico.



Gostaria que vocês apontassem, na peça Mãe Coragem exemplos da teoria brechtiana, de seu teatro épico, social e de seu efeito de distanciamento.

Quais momentos vocês conseguem associar com as problemáticas sociais atuais?



Professora:





Nossa, Tânia, muito obrigada. Parece que encontraram dificuldade em ler a peça, certo? A princípio não é uma peça simples de se compreender. Precisaríamos fazer diversas leituras para compreender de forma mais aprofundada todas as questões implícitas nela. Mas é importante que conheçam e que tentem compreender o enredo, o formato e as questões sociais que esta peça carrega.



Podem perceber que há a temática de Guerra, sua atmosfera é essa. Uma das primeiras frases que lemos na peça apresenta um impacto que será carregado em toda a história: Sargento - A paz é uma porcaria, só a guerra é que estabelece a ordem.



A peça então narra a história de Mãe Coragem que se aproveita da guerra para ganhar a vida, e todo o seu drama em relação a seus filhos e a guerra.



Tânia:

Muita dificuldade professora, pois precisariamos de muito mais tempo e leitura para podermos compreender as peças, essa semana complicou um pouco, principalmente falar sobre Brecht e suas peças.

Abraços



Professora:

Vocês já ouviram falar na atriz Maria Alice Vergueiro (aquela do vídeo Tapa na Pantera do youtube)?



Ela é uma atriz que constantemente participa de montagens dos textos de Brecht e as músicas de suas peças. Eu encontrei um trecho da montagem de Mãe Coragem com ela sob direção de Sérgio Ferrara:



http://www.youtube.com/watch?v=ygjEGzHlFoc



Não está bem filmado, mas o som é excelente. A cena é a da Canção da mulher e dos soldados cantada por Elif, o filho favorito de Mãe Coragem. Vocês podem ler esta cena na página 12 do arquivo pdf, referente às páginas 192 e 193 do livro escaneado.



Confiram, pesquisem mais. Vocês conseguem perceber um efeito de distanciamento nessa canção?



Tânia, vou procurar ajudar vocês da melhor forma que puder. Realmente o tempo é muito pouco para um conteúdo tão amplo e complexo, mas o importante é que conheçam e entendam um pouco sobre seu contexto e sua obra.



No site encontram-se algumas poesias escritas pelo nosso autor, Bertolt Brecht. Percebam que a temática social e o contexto da guerra e dos conflitos compõem também sua poesia.

"O vosso tanque general, é um carro forte

Derruba uma floresta

Esmaga cem homens,

Mas tem um defeito

Precisa de um motorista.



O vosso bombardeiro, general, é poderoso:

Voa mais depressa que a tempestade

E transporta mais carga que um elefante

Mas tem um defeiro

Precisa de um piloto.



O homem, meu general, é muito útil:

Sabe voar, e sabe matar

Mas tem um defeito

Sabe pensar."



Eunice diz:

Bom dia professora e meus queridos colegas!

Deste domigo lendo e agora que consguir postar minha contribuição,mas após as profundas leituras nos textos disponíveis e assistir vários vídeo sobre estranhamento, mesmo que encenados por outros autores, pude compreender melhor sobre o texto o “Pequeno Órganon” de Bertold Brecht, pois ele em seu texto apresenta fatores muito importantes, que o ator precisar ter conhecimento antes de apresentar uma perca, levando em conta à interação da platéia e do palco, para que as pessoas que estão assistindo, consiga compreender que o teatro não se limita, apenas em diversão e sim entenda o desenrolar da mensagem transmitida pelo o ator, onde o espectador seja parte desta apresentação, confesso que para poder assimilar o sentido desse estranhamento, primeiro fiz pesquisa sobre o que seria esse tal pronunciamento, porque o autor esclarece seu objetivo,mas o fato de ser o oposto do que custamos ver precisa de uma reflexão mais diferenciada.

Como já tinha lido o texto da gaivota em outros momentos tentei utiliza as mesmas estratégias de leitura para entender o proposto, fazendo observações por partes, e identifiquei logo que Brecht faz uma observação de como o teatro tem sido desenvolvido desde os tempos passando, e as diferenças na forma de apresenta correlacionando o teatro chinês ao ocidental, ele fez diversas observações, a principio o cenário do teatro chinês não precisava de quatro paredes para ser apresentado, porque os atores eram aptos a desenvolver as artes de “canto, fala interpretação, e luta marcial, que envolve musica, dicção, gestos teatrais e eurritmia (dança mais acrobacia)”, bem diferente das apresentações do teatro ocidental, deixando claro que o ator pode criar seu ambiente de atuação, ou cenário de apresentação, mesmo que em um palco vazio, ele “cria o ambiente apropriado em volta dele”. Como nos esclarece o texto do o efeito de estranhamento na interpretação do teatro chinês de Brecht.

Um forte abraço!

Eunice:

Oi! colegas!

Foi possível perceber que Brecht começa a deduzir que o teatro pode esta servindo como parte importante da educação da sociedade, visando os acontecimentos que as pessoas encaram na realidade, mesmo que de forma simbólica, não necessariamente precisaria fazer a representação com objetos reais, mas através dos gestos teatrais, como cita o texto o pequeno Órganon, “o teatro tem que se compromete com a realidade, pois só assim será possível produzir imagens eficazes da realidade”.

Para o autor, o ator não precisa viver o personagem, basta apenas que represente de forma clara sua mensagem, para o espectador criar sua imaginação rápida do que esta sendo demonstrado, não importa como seja essa representação, o importante é a compreensão, pois conforme as teorias brechtianas para o ator não correr o risco de viver o personagem ele precisas do “uso da terceira pessoa, uso do passado, a enunciação das anotações, rubricas e explicações”, assim facilitaria o distanciamento descrito por Brecht.

Segundo o texto o pequeno Órganon “o teatro consiste na apresentação de imagens vivas de acontecimentos passados no mundo dos homens que são reproduzidos ou que foram, simplesmente, imaginados; o objetivo dessa apresentação é divertir. Será sempre com este sentido que empregamos o termo, tanto ao falarmos do teatro antigo como do moderno”. Pelo o que pude perceber o texto pequeno Órganon foi à parte da explicação teórica de Brecht e peça Mãe Coragem foi a pratica de como atuar, porque ele matem o distanciamento apresentando a realidade como vivi a humanidade, desde os fatores econômicos, social, político e histórico, prova disso é que no final da peça, a mãe Coragem puxando a carroça - Esperem por mim! Ouvem-se vozes cantando ao fundo: com seus trancos e barrancos, A guerra vai se arrastando: já está fazendo cem anos, E ninguém saiu ganhando. Come lama, veste trapo! O soldo é de quem apanha! Mas talvez haja um milagre: Não terminou a campanha. É primavera. Acorde, homem de Deus!A neve se derrete. Estão dormindo Os mortos. Que se agüente nos sapatos Aquele que não está morto ainda!”E normalmente as peças ou as novelas apresentam final felizes com grandes beijos e festas, já Brecht conservou e manteve seu estranhamento



Professora:



No site lemos uma entrevista com o diretor Sérgio Ferrara da montagem de Mãe Coragem do vídeo que vimos acima - os sublinhados são meus:



"Nas suas peças anteriores você sempre lidava com situações-limite. Em "Mãe Coragem", além disso, destaca-se o humor. Isso representa um novo rumo?

Ferrara: É uma somatória. Considero esse humor fundamental. É a primeira peça na qual eu estava muito relaxado, à vontade. Sempre ficava muito nervoso, sofria - o que é uma bobagem, mas necessário. Acho que isso vem um pouco da Maria Alice, do José Rubens Chachá, do Luciano Chirolli, todos com bastante experiência. Você soma a sua à dessas pessoas e vai dando uma outra química. O humor veio na hora certa e com Brecht, o que é gostoso. Peguei o Brecht da fase adulta e encarei como o jovem Brecht. Quem assiste à peça percebe esse despojamento.

A maioria dos personagens de "Mãe Coragem" tiram seu sustento da guerra. Depois de 11 de setembro, Bush deu um salto tremendo de popularidade por conta da guerra. É possível um paralelo?

Ferrara: Começamos a montagem antes dos atentados. Também não queria me aproveitar disso de uma forma mesquinha para promover algo que não tem sentido. A guerra é nojenta. Vejo a situação de Israel e dos palestinos e fico pensando no que se pode fazer. E cada vez nos sentimos mais impotentes.

Mas, de qualquer forma, sua peça e esses acontecimentos mostram que muita gente acaba se aproveitando disso?

Ferrara: O ser humano tem esse lado medonho. Quando eu exponho isso na peça, como já fazia no Plínio Marcos, tento achar a luz no caminho da desgraça. As pessoas me cobram que deveria ter mais destruição na peça para mostrar o poder da guerra. Mas não quero a guerra, é um pretexto para contar aquela história. Nem enchi o espetáculo de elementos de destruição porque as personagens vivem tão alienadas que nem percebem o que estão vivendo e são manipuladas constantemente. Tanto que quando a Mãe Coragem compreende tudo aquilo diz: "Maldita seja a guerra".

Brechtiano virou um adjetivo quase tão comum como "felliniano". Essas generalizações acabam tirando a força do autor. Como separar Brecht daquilo que se diz e se pensa sobre ele?

Ferrara: Não sou um estudioso de Brecht e não vou defender o que ele pensa de uma forma rígida. Acho que ele até adoraria o que eu fiz com "Mãe Coragem" porque sua obra só vai evoluir quando as pessoas fizerem essas transgressões. Quando começamos o trabalho no Instituto Goethe, um alemão que iria nos acompanhar disse que o Brecht era um dinossauro da dramaturgia alemã. Quase desisti, não queria carregar esse peso nas costas. Se não usarmos a obra de Brecht para pensar sobre o que estamos vivendo neste momento não faz sentido montá-lo.

Como foi o encontro com a Maria Alice Vergueiro?

Ferrara: Nunca tinha visto ela interpretar, mas sabia que era uma resistência dentro do teatro paulista, contra correntes, sem fazer concessões. Tinha muito o que aprender com ela e nada melhor do que se estivesse ao meu lado, fazendo uma peça comigo. Quando a encontrei, pensei em fazer "A Tempestade", de Shakespeare, porque sempre quis que Próspero fosse feito por uma mulher. Encontrei o Eduardo Tolentino (diretor do grupo Tapa) e ele me disse que achava que a Maria Alice era ideal para "Mãe Coragem". Ela nunca me intimidou em cena. Quando eu propunha algo que parecia muito moderno, ela dizia: "É o jovem Brecht, vamos apostar"."

Eunice: Meus queridos!

Uma outra parte da peça que considerei bem estranho foi que a mãe coragem perdeu todos os seus filhos de forma trágica e não fez nem um escândalo, nem entrou em depressão como faz as mães que pedem os filhos, ao contrario ela encarou como algo natural, e continuou sua trajetória de vida sem fazer relatos das perdas. Cada apresentação da peça é como pontos de criticas para a situação da realidade em termos políticos e religiosos, pode-se identificar isso quando o “cozinheiro descalçado as botas e desenrolando os panos que lhe envolve os pés _ se com a guerra o senhor não tivesse virado um profano tão sem-vergonha, bem poderia agora, com a paz, arranja facilmente outra paróquia. De cozinheiro ninguém está precisando:não há o que cozinhar:Mas a fé continua, agora e sempre:nisso, não mudou nada”. Com estas frases nos remete a idéia de que existir, a falta de emprego, não tem o que fazer para comer, a miséria prevalece os religiosos e políticos estão corruptos, no entanto a humanidade precisa fica a espera do milagre.

Portanto o que posso dizer é Brecht com seu estranhamento realmente conseguiu apresentar “a poesia, o romance, o ensaio, a crítica teatral e o aforismo”, segundo ele “A ciência e a arte têm em comum o fato de ambas existirem para simplificar a vida do homem; a primeira; ocupada com a sua subsistência, a segunda, em proporcionar-lhe diversão”.

Eunice: Minha querida Tânia com concordo você que precisamos de “muito mais tempo e leitura para podermos compreender as peças, essa semana complicou um pouco, principalmente falar sobre Brecht e suas peças.” Realmente esta semana não foi nada fácio, alem de fica com nossa turma no pólo, ontem passei a tarde inteira lendo e relendo todos os conteúdos com minha amiga Aldemira para poder compreender melhor o trabalho de Brecht.

Saudações Eunice!



Fátima: Olá professora Dhenise e colegas!

Após várias leituras dos textos por sinal muito interessante diferente de todas as leituras já feitas, onde pude observar que Brecht era um dramaturgo que queria fazer do teatro uma arte diferente, onde o mesmo diz que “Ficção não tem nada de natural”. Ele queria mostra que para ser um bom ator precisaria fazer uma boa apresentação, onde as cenas parecessem reais e mostrassem aos espectadores o que eles queriam realmente ver, que era cenas voltadas para a época o momento e o espaço.

Um trecho do texto Estudos sobre teatro que me chamou bastante atenção é quando diz: “O teatro consiste na apresentação de imagens vivas de acontecimentos passados no mundo dos homens que são reproduzidos ou que foram, simplesmente, imaginados, o objetivo dessa apresentação é divertir.” É bom pensamos assim que através do teatro podemos saber mais do passado, e através das cenas podermos nos divertir com os acontecimentos passados e até mesmo presente.

Fátima: Olá Eunice!

Um tanto complexo a peça somente com várias leituras podemos entender. Imagino que para Brecht, o teatro deveria ser mostrado de uma maneira jamais vista, como na peça Mãe coragem, fala de épocas, lutas, guerras, coragem, e de uma mulher muito corajosa e acredito que triste,ao escrever-la imagino que ele quis nos mostra a vida de uma viajante, com filhos que a mesma só queria proteger, é isso que Brecht que nos passar a realidade, histórias de vida que emociona o espectador.

Fátima: Olá professora Dhenise e colegas!

Ao fazer a leitura do tópico 53 do Pequeno Organon lá diz que o ator mesmo no ensaio pode utilizar empatia para com a personagem, sendo que na apresentação não se pode fazer isso, viva o personagem, mesmo gostando ou não, mostre que o ator é aquela pessoa que está pronta para passar o melhor de si, independente de qual for o seu papel. Já no tópico 54 diz que: ”A observação é um elemento essencial da arte de representar, o ator observa o seu próximo.” E então além de sermos atores, precisamos também nos colocar no lugar da platéia, será que é dessa maneira que o ator deve atuar? São vários os questionamentos que devemos fazer para conseguirmos um bom resultado.

Tânia: Olá Fátima muito interessante sua colocação, principalmente quando dizes que "Ficção não tem nada de natural”. Ele queria mostra que para ser um bom ator precisaria fazer uma boa apresentação, onde as cenas parecessem reais e mostrassem aos espectadores o que eles queriam realmente ver, que era cenas voltadas para a época o momento e o espaço. Assim podemos entender que Brecht apresentou formas diferentes de artes como o estranhamento.

Abraços

Tânia: Olá Eunice parabéns pela sua contribuição no forum e achei muito interessante quando dizes que "identifiquei logo que Brecht faz uma observação de como o teatro tem sido desenvolvido desde os tempos passando, e as diferenças na forma de apresenta correlacionando o teatro chinês ao ocidental, ele fez diversas observações, a principio o cenário do teatro chinês não precisava de quatro paredes para ser apresentado, porque os atores eram aptos a desenvolver as artes de “canto, fala interpretação, e luta marcial, que envolve musica, ficção, gestos teatrais e eurritmia (dança mais acrobacia)”, bem diferente das apresentações do teatro ocidental, deixando claro que o ator pode criar seu ambiente de atuação, ou cenário de apresentação, mesmo que em um palco vazio, ele “cria o ambiente apropriado em volta dele”. Como nos esclarece o texto do o efeito de estranhamento na interpretação do teatro chinês de Brecht".

Dessa forma podemos compreender melhor sobre a quebra da quarta parede, dos atores serem aptos a desenvolver seus papeis, do estranhamento.

Maria: Olá Dhenise e colegas!



Brecht apresenta conceitos, propostas sobre a função do teatro, para ele "a reforma se baseia no acatamento da diferença entre ficcçao e realidade.",com isso poderia se trabalhar o tempo e o espaço, o teor das nossas reproduções do convivio Humano.

Maria: Colega Fátima!



O tópico 54 nos mostrar o elemento essencial do ator que a observaçao, pois sem observamos como poderíamos desenvolver um bom personagem em uma peça se não houver esta sintonia , é sempre bom nos colocar no lugar da pletéia para ver o que temos que melhorar na nossa atuação.



Abraço

Eunice: Muito bem Fátima, estou de acordo com suas analise que para “Brecht, o teatro deveria ser mostrado de uma maneira jamais vista, como na peça Mãe coragem, fala de épocas, lutas, guerras, coragem, e de uma mulher muito corajosa e acredito que triste,ao escrever-la imagino que ele quis nos mostra a vida de uma viajante, com filhos que a mesma só queria proteger, é isso que Brecht que nos passar a realidade, histórias de vida que emociona o espectador.” Prova disso que ao final a mãe coragem continua viajando arrastando a carroça sozinha.

Um abraço!

Elisangela: Olá professora e demais colegas!

Segundo os textos da semana pude perceber que Brecht dedicou-se a estudar a arte do teatro e sua função social. Não apenas trabalhou com o objetivo de diferenciar ficção e realidade, propondo uma reforma na qual se rejeitasse as características ilusionistas e o apassivamento do espectador, como também propusera uma nova forma de compreender a realidade, (um distanciamento/estranhamento do senso comum), do modo como as informações são nos transmitidas ao longo da vida e a partir daí construir novas percepções em relação à própria arte e ao mundo que nos cerca.

Com isso, podemos dizer que a teoria do estranhamento, adaptada por Brecht consiste numa forma única de apreender as inquietações e fundamentações existentes no mundo, pois para ele a arte é dotada de uma grande capacidade de transformar idéias antigas.

O motivo de Brecht buscar nas relações sociais e nos estudos dos aparelhos ideológicos do Estado as bases de questionamento de um teatro reflexivo se dá pelo fato de que o mesmo se preocupava em não alienar o público com uma representação supérflua da realidade, mas antes, confrontá-lo a assumir uma postura critica frente ao que o debate cênico o obrigava a encarar, uma vez que as ideologias levam o indivíduo a acreditar em ideais abstratos, sujeitando-os a alienação de conhecimento e de pensamento. Brecht promove a oportunidade de pensar a respeito do que se vê, adotando estratégias que despertem a racionalidade e não apenas a emocionalidade do espectador.

Elisangela: olá a todos!

Brecht, na Peça "Mãe coragem e seus filhos" abre a mente do público para inúmeras percepções, dentre elas, podemos destacar o sofrimento e indignação ocasionada pela perca de seus filhos. Desse modo, brotava ali no coração das pessoas a vontade de dar uma nova roupagem a aquela realidade tendo como base, inspirações provocadas num palco através de uma trama.

Luciene: Ola Tea6 e Tutora Dhenise!!!

Após fazer uma leitura sobre texto o estranhamento de B.Brecht, destaco um parágrafo interessante: “Em contrapartida, para Brecht é preciso remover tudo que é mágico, deixar claro o que esta sendo mostrado como algo que se mostra. Eis o efeito D, ou distaciamento”.

Percebe-se que Brecht dá importância quando se refere que o ator deve deixar bem claro a mensagem que esta transmitindo, pois o efeito D é justamente esse entendimento, essa conexão entre ator e telespectador, onde o mesmo ao fazer uma auto-observaçaõ, dificultava a compreensão da platéia com relação ao que se estava observando. Onde essa característica de observação se dava em cada ator.

Dessa forma “em momento algum deve o ator transformar-se completamente na sua personagem”, nessa afirmação percebe-se a importância de manter o seu eu natural, enquanto se atua, pois não se deve confundir atuação com emoção, mantendo sua personagem original entrelaçado em um personagem atuante.

Luciene: No texto pequeno Organon um parágrafo interessante: “O ator deve olhar para as pessoas como se elas lhe estivessem mostrando o que fazem, como se recomendassem que refletisse o que fazem..."

O paragrafo esclarece , uma atuação do cotidiano das pessoas, pedindo para mostrar o que elas faziam, suas reflexões , abordando uma realidade do dia-a-dia de cada um dos telespectadores.

Luciene: Pequeno organon, no item 53.

“E mesmo que no ensaio se possa utilizar empatia (Comunhão negativa pela qual um sujeito se identifica com outro; capacidade de um actor se meter na pele das personagens que interpreta) para com a personagem (coisa que é preciso evitar na representação), ela deverá ser somente empregada como um método de observação entre muitos. A empatia é útil durante o ensaio”. Percebe-se a capacidade de socialização que tem que existir entre atores, pois a empatia é um método de avaliação, ou seja, através dela o ator consegue observar nos outros atores, a sua atuação em placo, detalhando suas dificuldades, e até qualidades. Lembrando que a mesma só deve ser utilizada para avaliações, sem exageros.

http://www.google.com.br/search?Hl=pt-BR&DEFL=pt&q=define:Empatia&sa=X&ei=FfMbTLP1EcGBlAeZn_j3DA&ved=0CBUQkAE.

Claudio: Olá professora vasculhei esse endereço que foi postado mais não encontrei nada sobre Brecht, lá diz que a pagina está em manutenção e em breve volta ao normal.

Mais voltando a falar desse astro do teatro, com relação a sua poesia que foi colocado no fórum, percebei que esse general a que ele se refere é um homem só, e é muito poderoso e sabe fazer varais coisas “Sabe voar, e sabe matar”, notei que esse General é muito respeitado mais tem “Mas tem um defeito Sabe pensar’.

Creio que para ele um bom general tem que agir mais e pensar menos, ou estou enganado professora Dhenise?

Aldemira: Olá professora e colegas em resumo podemos afirmar que “Brecht foi um dos mais importantes autores do século vinte: é dos teatrólogos mais encenados no mundo e dos mais respeitados teóricos do teatro, com o seu conhecido “efeito de estranhamento”

Conforme a pesquisa em 1929, Brecht passou a elaborar sua teoria do “teatro épico”. A teoria épica propôs uma critica ao “teatro dramático” que segundo ele ilude o espectador da visão de realidade, restringindo desta forma a “percepção” crítica. O “efeito de estranhamento” tinha finalidade de excitar o pensamento crítico, do público “tornando claros os artifícios da representação cênica e destacando conseqüentemente o valor revolucionário do texto”.

Quer dizer, sejam quais forem às ações, as idéias e sentimentos o ator represente devem ser mostradas “de forma aberta” quebrando a “parede” entre o publico e quem interpreta.

Fonte http://www.goethe.de/ins/br/sap/prj/bre/ldb/ptindex.htm

Eliete: Olá, pessoal,

o distanciamento, proposto por Brecht, queria que o espectador deixasse de ter uma postura passiva com relação ao que assistia e passasse a obter uma consciência crítica, objetivando maneiras importantes de mudar aquilo que via.

Em Brecht havia o despertar, o acordar para a vida. Uma vida nua e crua, como ela é. O teatro conhecido mudava e ganhava um papel social e político, com o papel transformador da arte altamente ativo.

O incomum – justamente o que causava estranhamento – era explorado em suas peças: a luz incomum, o pianista fazendo parte da cena, mesmo não fazendo parte da história, a mudança de roupa dos personagens em cena, algumas vezes o foco em um lado atemporal, entre outras coisas.

A platéia não mais se centra em ter sentimentos pelos personagens, porque o foco é o estranhamento social, a crítica.

Um abraço.

Eliete: Maria Brandão,

de fato, em Brecht podemos visualizar essa diferença entre ficção por ficção e compromisso com a realidade que se vivia na época.

A forma como vemos o mundo e os problemas pelos quais ele passa é colocado em cena para dialogar com a platéia, fazer refletir, para que o espectador possa ter autonomia de não apenas refletir mas provocar suas próprias mudanças - primeiro internamente, para depois externalizar da sua maneira, provocando as quebras necessárias para mudar realidades a sua volta.

Abraço.

Eliete: Aldemira,

essa parede entre os artistas e o público é muito interessante em Brecht pois a partir do momento em que ela é quebrada o espectador, de certa forma, é trazido para o espetáculo, de forma plena e consciente.

Trabalhar com consciências, provocando, fazendo pensar a partir da dura realidade da vida, é um fator bem Brechtiniano (assim mesmo que fala?) e é a partir daí que compreendemos sua importância para o mundo do teatro de todos os tempos.

Eliete: Olá, novamente,

Um exemplo fundamental é a peça Mãe Coragem, que nos traz a história de uma mãe que gera sua receita de um modo bem particular: em meio a Guerra dos Trinta Anos.

Juntamente com seus três filhos, vive com a morte da guerra (que é habitual).

A Mãe Coragem, mesmo sem querer admitir, faz parte da brutalidade e violência da guerra. Mas a todo custo tenta se manter fora desse contexto, sem suceceso, evidentemente.

A mãe não quer aceitar que seus filhos também façam parte da guerra, coisa que lhe cai como uma grande desgraça ao aceitarem. Assim é possível ver no trecho:

“Querem ir para longe da mãe, seus diabos, e meter-se na guerra, como cordeiros na boca do lobo... Oh, mãe desventurada, que pariu com tanta dor: e o filho vai morrer na flor da idade.”

A personagem da mãe pode até parecer cativante, mas não é isso que Brecht quer. Então, faz com que seu comportamento se torne dúbio na cabeça do espectador.

A princípio, há a explicação para seu apelido:

“Me chamam de Coragem, Sargento, porque uma vez, para escapar da falência, eu atravessei o fogo da artilharia de Riga, com cinqüenta pães na carroça; eles já estavam dando bolor, não havia tempo a perder, e eu não tinha outro jeito.”

Mais a frente ela demonstra, dentro da sua simplicidade, que sabe muito bem os motivos político-religiosos da guerra que não para de matar mais e mais pessoas inocentes:

“... pelo que se ouve os grandes homens falarem, a guerra é feita sempre por tememos a Deus e por tudo que há de bom e bonito. Mas quando a gente vai ver de perto, eles não são tão idiotas assim: fazem a guerra pensando em tirar vantagens. Não fosse assim, a arraia miúda como eu não tinha nada que se meter”.

E após a morte dos filhos – isso é considerado absurdo por muitos – ainda continua empurrando sua carroça e fazendo seu trabalho (só que desta vez sozinha):

“É primavera. Acorde homem de Deus! A neve se derrete. Estão dormindo os mortos. Que se agüente nos sapatos aquele que não está morto ainda!”

Brecht é simplesmente fantástico!



Fátima: Olá querida Elisangela!

De fato Brecht com sua teoria do estranhamento queria nos mostrar que o teatro poderia se visto de outra maneira, onde os atores passariam a mostrar mais a realidade e deixar de lado a ficção, não digo deixar totalmente mais sim, trabalhar com o lado emocional, pois o espectador vai ao teatro para se divertir e adquirir conhecimento.Pois, através do teatro podemos fazer uma viagem no passado, ficamos sabendo o que aconteceu em determinada época, assim é como a peça da Mãe coragem, nos fala de guerra, lutas, e tristeza, então é isso que Brecht nos alerta para um novo teatro.

Professora: Cláudio,



Também tentei acessar agora aquele link, mas não consegui. É possível acessar apenas "em cache":

Agora, observe que eu utilizo o firefox, então se for tentar abrir com o explorer não sei se será possível. Outra solução é copiar um trecho da poesia e colar no google que a página do cultura brasil aparece. São algumas poesias de Brecht que estão disponíveis (estavam) neste site. Vale a pena conferir.



Acredito agora que nesta poesia acima, do General, ele faz uma crítica à guerra, ao sistema em que vivemos em que o "pensar" do homem o leva a querer guerrear e consequentemente matar. Quer dizer, ele critica o próprio ser humano, que tanto se vangloria da sua capacidade de pensar, mas é esse pensamento que leva o homem à autodestruição, compreende?



Brecht viveu em um contexto de guerras, um Alemão que viveu as duas guerras mundiais. Em determinado momento ele precisou ser exilado para não sofrer consequencias mais graves.



Em vários poemas dele percebemos associações e referências a Hitler e em suas peças, como por exemplo Mãe Coragem o contexto é o da guerra do 30 anos, porém, é possível fazer um paralelo com qualquer guerra. Há uma crítica à situação de precisar da guerra para a sobrevivência.

Professora: Queridos,



Estou realmente muito entusiasmada com a participação de vocês. Notei que no início estavam com dificuldade, mas parece que agora estão realmente começando a compreender sobre o que estamos estudando.



De fato, Brecht foi um dos homens mais importante para o teatro, tanto que suas peças causam impacto até os dias de hoje, não somente pelo seu método, (pois este seria um tanto utópico, não acham?) mas pelas reflexões que apresentam.



É importante compreender que Brecht está sempre procurando criticar, apontar para as falhas da sociedade. De fato, a questão social para ele é importantíssima, mas ele também defende que o teatro deve divertir - e, portanto ele apresenta em suas peças muitas canções e em seus dramas, muito humor e ironia.



Seria interessante se procurássemos ler todas as suas peças para observar a evolução que o professor Marcus Mota menciona no texto da semana V Brecht e a teoria do estranhamento, pois dessa forma compreenderiam o que é o teatro didático do início de sua trajetória até essa "teoria de alcance histórico maior" encontrada em sua segunda fase. Como não poderemos fazer isso agora, vamos dar preferência à leitura dos textos solicitados pelo nosso programa.



Infelizmente o tempo é curto, mas percebo que aos poucos vão compreendendo o que seria o Estranhamento (ou distanciamento), o Teatro Épico, a função de seu Organon e as características da teoria brechtiana. (É brechtiana, e não brechtiniana, certo?)

Aldemira: Professora seguindo suas orientações encontrei varias poesias de Brecht uma mais linda que a outra.

Realmente percebemos que Brecht além de dramaturgo foi um homem de muita coragem usando o teatro e a poesia para alertar e denunciar os conflitos e abusos sociais

Eu gostei muito dessa

Esse Desemprego!

Meus senhores, é mesmo um problema

Esse desemprego!

Com satisfação acolhemos

Toda oportunidade

De discutir a questão.

Quando queiram os senhores! A todo o momento!

Pois o desemprego é para o povo

Um enfraquecimento.

Para nós é inexplicável

Tanto desemprego.

Algo realmente lamentável

Que só traz desassossego.

Mas não se deve na verdade

Dizer que é inexplicável

Pois pode ser fatal

Dificilmente nos pode trazer

A confiança das massas

Para nós imprescindível.

É preciso que nos deixem valer

Pois seria mais que temível

Permitir ao caos vencer

Num tempo tão pouco esclarecido!

Algo assim não se pode conceber

Com esse desemprego!

Ou qual a sua opinião?

Só nos pode convir

Esta opinião: o problema

Assim como veio, deve sumir.

Mas a questão é: nosso desemprego

Não será solucionado

Enquanto os senhores não

Ficarem desempregados!

Fonte http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:BfcDq-4yDMAJ:www.culturabrasil.pro.br/brechtantologia.htm+Derruba+uma+floresta+Esmaga+cem+homens&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-a

Aldemira: Olá professora e amigos quando mais pesquisamos mais descobrimos os mistérios brechtianos. Apesar de todas as perseguições em uma época de profunda rebeldia e protesto Brecht nunca parou de escrever. Suas obras sempre refletiam os problemas do mundo atual. De maneira muito sabia ele afastou de suas peças os “elementos pitorescos e mágicos” conservando a função didática, desencadeando no espectador “uma tomada de consciência que o conduza a ação política imediata.” ou seja, com muita coragem determinação e gotas de razão escreveu de tudo poesia, teatro, ensaios, roteiros de cinema. Como tantos outros esse dramaturgo alemão revolucionou o teatro moderno.

http://www.biografia.inf.br/bertold-brecht-dramaturgo.html

Aldemira: O que seria o teatro épico? E o didático?

Bem professora ainda cheia de dúvida me arisco em dizer que o teatro que o teatro épico e didático seria uma inovação na linguagem cênica, encenada pelo método de distanciamento sugerido a partir do estudo de Brecht. Onde o “ator não busca uma identificação plena com a personagem.”

O teatro épico exige comprometimento, questiona o individualismo perante o sofrimento dos outros e a realidade social. Sua metodologia visa instruir os espectadores, para a condição humana. Por isso é épico e didático ao mesmo tempo.

Abraços

João: Saudações Professora e, Companheiros

Eu estive lendo um pouco sobre Bertolt e, encontrei essa poesia:

PROFESSOR, APRENDE!

Não digas tantas vezes que estás com a razão!

Deixa que o reconheçam os alunos!

Não forces com demasia a verdade:

é que ela não resiste…

Escuta, quando falas!

(Brecht; poemas - 1913-1956. Trad. Paulo Cesar Souza. Brasiliense, 1986. p. 208.)

João: Saudações Professora,

Também podemos entender que a identificação é uma parte mas, não o todo em uma peça teatral. O épico pode ser considerado uma sequência de normas, voltada para os acontecimentos sociais pela qual passam os espectadores. Vitórias...

Eunice: Olá meu querido João, Aldemira e professora muito importante estas poesias de Brecht, porque nos revela a capacidade de criatividade do autor principalmente quando ele diz:



“Pois o desemprego é para o povo

Um enfraquecimento.

Para nós é inexplicável

Tanto desemprego.”

Um abraço!

Eunice: Olá Eliete



Suas contribuições estão muito produtivas, aprendi muito com suas interações principalmente ao cometa que nas obras de Brecht se ver “O incomum – justamente o que causava estranhamento – era explorado em suas peças: a luz incomum, o pianista fazendo parte da cena, mesmo não fazendo parte da história, a mudança de roupa dos personagens em cena, algumas vezes o foco em um lado atemporal, entre outras coisas.

A platéia não mais se centra em ter sentimentos pelos personagens, porque o foco é o estranhamento social, a crítica.” Estou totalmente de acordo, porque também entendi assim.

Um abraço!



Professora:

Meus queridos,



Encontrei este Dossiê sobre Bertolt Brecht e achei bem interessante, para aqueles que quiserem estudar um pouco mais: http://www.apropucsp.org.br/revista/rcc01_r09.htm



Este livro de Poemas que o João menciona é, na minha opinião, um livro que vale muito a pena ter. Suas poesias têm efeito e conteúdo histórico.

Tânia: Olá Aldemira muito interessante sua resposta e compreendi muito mais com sua explicação e concordos quando dizes que o teatro épico e didático seria uma inovação na linguagem cênica, encenada pelo método de distanciamento sugerido a partir do estudo de Brecht. Onde o “ator não busca uma identificação plena com a personagem.”O teatro épico exige comprometimento, questiona o individualismo perante o sofrimento dos outros e a realidade social. Sua metodologia visa instruir os espectadores, para a condição humana. Por isso é épico e didático ao mesmo tempo.

Abraços

Dandara: Olá a todos, especialmente professora Dhenise, desculpe a demora, como lhe falei no diário de bordo, até a minha formatura no final do ano vou estar "atolada" mas participarei dando o meu melhor sempre que possível.

O que compreendi sobre Brecht e a teoria do distanciamento foi que ele baseia-se na neutralização completa dos meios e idéias de Aristóteles de expressão teatral, utilizando o distanciamento entre o espectador e o personagem, afim de que o ponto de vista crítico do autor desperte no espectador uma tomada de consciência. Este efeito consiste em afastar um acontecimento que pareça comum dando-lhe um caráter diferenciado e curioso. Ele visa a não identificação do espectador com o personagem, tentando dar ao mesmo um posicionamento crítico e analítico (BRECHT, 1978, p.79).



Abraços!



Eunice: Olá colegas!

Encontrei estas informações que considerei bem interessante e gostaria de compartilhar com você que “atual repercussão do pensamento de Bertolt Brecht sobre a relação entre música e teatro foi analisada em três recentes montagens teatrais de Belo Horizonte (MG),baseadas ou inspiradas em sua dramaturgia – Esta Noite Mãe Coragem (2006), Um Homem É Um Homem (2005) e Nossa Pequena Mahagonny (2003). A análise desses espetáculos foi realizada com foco especial no uso cênico da canção, tomando-se como base o conceito de Música-Gestus, proposto por Bertolt Brecht, e considerando-se os pilares de seu Teatro Épico, assim como a História da interação da música e da canção com o teatro. Também serviram como material para esta dissertação, entrevistas realizadas com alguns dos principais criadores dessas encenações. O pensamento musical de Brecht manteve-se vivo, renovado e eficiente nas montagens analisadas, onde o uso da Música-Gestus conferiu um caráter de reflexão, questionamento e ao mesmo tempo de fruição e divertimento. A riqueza da tradição da música popular brasileira, composições de Paul Dessau e Kurt Weill e citações musicais diversas contribuíram essencialmente para o estabelecimento do vocabulário musical presente nas montagens e para a eficiência do uso da Música–Gestus e sua relação com a sociedade brasileira contemporânea. A aproximação do estudo acadêmico com a produção artística da cidade mostrou-se mais uma vez rica e promissora, apontando para a necessidade de ampliação de tais iniciativas.”

http://opus.grude.ufmg.br/opus/opusanexos.nsf/4d078acf4b397b3f83256e86004d9d55/7de0a85ba509efe50325764e00420d92/$FILE/pdf1.pdf





Jecson: Olá Claudio, tudoo bom?



Oh.. Gostei do seu comentário quando citas que : notei também que os seus personagens são capaz de criar um novo cenário através de suas interpretações, pois para ele o ator e capaz de “criar o cenário, o ambiente favorável para sua interpretação”



Nos leva a pensar que: As questões levantadas por Brecht nos espetáculos era algo reflexivo para a platéia, ele visava chamar a atenção e levantar criticas assim a sociedade podia ver o que se passava em sua época.

Jecson: Olá a todos .. Descupa a demora, mas estou aqui ..rs



E fazendo a leitura dos textos mostrados na semana, e também de acordo com a leitura adquirida individualmente, da peça “Mãe Coragem”, pude ver que o eles visa à apresentação de episódios vividos pela sociedade, sendo que se objetivavam em passar certa descontração aos espectadores; mesmo sendo realidades tão duras, como na peça “Mãe Coragem”, onde a mesma tem certa descontração; ela nos informa sobre uma triste história, principalmente na parte em que a mãe coragem perde todos os seus filhos de forma cruel e assim age de naturalmente e sem fazer escândalos, sem entrar em depressão, como fazem as mães quando pedem os filhos. Podemos ver que é totalmente diferente, pois ela se manifesta de maneira faceta, ou seja, ela encarou como algo natural, e continuou sua trajetória de vida sem fazer relatos das perdas, e vemos essa realidade através de outro ângulo.





Abraço'S!!!

Jecson: Olá professora, confesso que eu não tinha entendido NADA, sobre Brecht, mas fazendo algumas pesquisas, pude tirar algumas dúvidas. Gostaria muito de que esa semana pudesse se prolongar mais, até porque eu não aprendi muito sobre o mesmo e gostaria muito de conhecê-lo mais ainda.



E lendo agora o seu comentário, pude frizar mais ainda os meus conhecimentos, ainda mais quando citas que : É importante compreender que Brecht está sempre procurando criticar, apontar para as falhas da sociedade. De fato, a questão social para ele é importantíssima, mas ele também defende que o teatro deve divertir - e, portanto ele apresenta em suas peças muitas canções e em seus dramas, muito humor e ironia.( muito importante).



Vemos também que Brecht queria levar a sociedade a levantar questões e compreender um pouco a história que estavam vivendo por isso enfatizava tanto as questões sociais nas apresentações, no entanto, ele chega com a teoria do estranhamento para levar a sociedade a uma grande reflexão e crítica dos espetáculos que eram espelhos de suas verdadeiras vivências.

Rafaela: Olá professoras e colegas .

Após fazer a leirura dos textos disponovéis pude compreender que a Teoria de B. Brecht sobre Estranhamento se reflete na perspectiva onde existe a verdadeira necessidade de se demonstrar em cena todos os aspectos que envolvem o espetáculo. Brecht “deixar claro o que está sendo mostrado como algo que se mostra. Eis o efeito D, ou distanciamento”.

Nesta perspectiva temos a idéia que o mesmo utiliza este conceito como uma estratégia de transformar o espetáculo o mais real possível, tentando não envolver o público com os personagens, para que não haja um comprometimento dos mesmos em avaliar o drama, tornando-os mais críticos.

Abraços

Milse: Tendo como base o conjunto da obra de Brecht o mesmo desviava-se de toda regra do teatro naturalista ele buscava bases na intensa observação que fazia do contexto histórico da época que se baseava no fictício do belo. Indagava –se sobre o que é o belo? Para que fazer o belo? Onde ele vai nos conduzir?Entretanto, nesta época precisava ser mais criativo para somente assim, causar notoriedade, então esse era o lugar de origem de onde se tirou o plano do anfiteatro de Brecht.Esta visão dele precisava tocar o ser humano que via o seu teatro, e nesta consciência o povo seria mais critico e atuante diante de seu contexto social.



Milse: Cara colega Rafaela concordo quando você fala em que o plano teatral de Brecht tinha uma perspectiva de declarar o todo de um espetáculo, o distanciamento é algo a ser destacado em sua teoria, ou seja, o conceito faz parte da formação de novas metodologias.



João: Saudações Aldemira,

Parabéns pela sua pesquisa. Nós professores temos quer ser essa mãe coragem para nossas futuras e, atuais gerações. Já estou me sentindo um desses personagens. Vitórias só com Deus...

sábado, 5 de junho de 2010

Stanislávski e Tchecov

Universidade Aberta do Brasil – UAB


Universidade de Brasília – UNB

Instituto de Artes – IdA

Licenciatura em Artes

Disciplina: História do Teatro II

Professor: Marcus Mota

Tutora: Dhenise de Almeida Celso neto

Acadêmica: Eunice Sobrinho do Nascimento

Tarefa: Relacionando Stanislavski e Tchecov


Fazendo uma analise da peça a Gaivota de Tchecov foi possível assimilar que para compreender um texto deste gênero é preciso leva em consideração muitos fatores, a principio fiz a leitura da peça individual, mas minha compreensão foi pouca, porque ela é complexa e são divididas em atos, as falas dos personagens são longas, em alguns momentos é engraçado pelas colocações das falas, em seguida parece uma trama, fica meio confuso fazer interpretações da leitura, por ter inúmeros subtemas.

Há uma variedade de tramas que acrescenta os relacionamentos entre os personagens que faz confusão ao entendimento do leitor. Quando começa as falas do personagem, Trepliov que é o filho jovem fica muito difícil à compreensão por se longo seu discurso e acaba se tornando cansativo de encorpar esta situação, mas pelo o que se percebe da peça a gaivota retrata o conflito do jovem escritor ficando uma peça dentro de outra peça, pois ao ler o texto identifica-se as ligações entre todos os personagens, passando para o espectador uma noção de tempo e espaço em que tudo acontece.



Após a leitura em coletividade com a turma ficou bem clara a harmonia natural exposta por Tchecov em sua peça, onde as interações dos personagens descrevem de forma poética os acontecimentos que existe no trama, conforme o texto da semana Stanislavski o encontro com Tchecov, “A histórica montagem de A gaivota redirecionou não só os caminhos do Teatro de Arte de Moscou, recém fundando em 1897, como determinou novos caminhos para o teatro ocidental.” Embora na primeira apresentação em 1896, tenha sido uma decepção, Stanislavski encontrou as formas certas para redirecionar esta situação, fazendo planos diferenciados para trabalhar os aspectos da obra, levando em consideração cenário, áudio, movimentos, imagem, cena, personagens, figurino, sentimento em cada atos da peça uma observação especial que possibilitasse a perfeição.

Pois para melhor compreender uma peça complexa como essa da gaivota é preciso ler fazendo estudo do texto varias vezes, analisar o que o autor quer dizer com a montagem do elenco, observar as entradas e saídas dos personagens, fazer leituras coletivas, identificar as ações dramáticas e características do texto como lugar da ação, ação física, fala, tempo, conjuntura sociocultural e política que envolve as estrutura da peça. É como cita o texto A Linha da Intuição e do Sentimento1 ‘‘Entretanto, coisa estranha: quanto mais soltamos a memória, mais temos vontade de pensar na peça. Algumas passagens, pela sua ligação interna, nos obrigam a pensar em outras ainda melhores e finalmente em toda a obra. Relemos várias vezes e sentimos no seu interior camadas profundas. ’’

Quando nos deixamos leva por uma interpretação corporal e espiritual é possível encontrar um resultado maior nos atos cênicos, e o espectador entende com mais precisão a mensagem teatral, prova disso foi stanislásviki quando delineou imagens de desenhos para apresentar as cenas para o primeiro ato da peça gaivota, dando novo sentido textual por ao encenador e o interprete.

Segundo o texto da linha da instituição e do sentimento1, ‘’Por isto se enganam aqueles que interpretam nas peças de Tchékhov a própria fábula deslizando pela superfície e representando as imagens externas dos papéis sem criar as imagens internas e a vida interna. Ainda conforme o texto, “Engana-se quem geralmente procura nas peças de Tchekhov interpretar, representar. Em suas peças é preciso ser, ou seja, viver, existir, seguindo a artéria principal da alma plantada profundamente no interior.”

Portanto para compreender textos complexos é necessário muita criatividade e força de vontade começando por entender o intimo interno para transmitir ao externo, fazer descobertas e adaptações a cada situação que exigir o momento, compartilhar estudo do texto em grupo, analisar e dividir o tempo,na hora da leitura incorporar os personagens de corpo e alma, identificar a ação física e dramática, observar na leitura onde acena acontece, diagnostica o ambiente, qual tipo de figurino é utilizado,visualização acústica do cenário, etc.

De acordo com o texto Stanislavski o encontro com Tchecov ‘’Diante de uma obra como é preciso um novo ator, um novo modo de se conceber e produzir todas as etapas da realização Cênica. ’’Entendo que Tchecov estava preocupado com o cenário, com as maquiagens, os figurinos entre outros detalhes que ele considerava importante e ao mesmo tempo pretendia fazer com que a peça fosse uma apresentação natrural, o que causau uma contradição e fracassona primenira apresentação, enquanto que Stanislavski teve uma visão mais ampla e diferente aplicando novos os métodos de fazer teatro, para ele “A tensão física que impede o movimento corporal, ou a atuação entulhada de múltiplos de gestos supérfluos, ambas advém do desconhecimento das circunstâncias da representação,” sendo assim de fundamental importância além dos objetos dos cenários os movimentos corporais, os sons, as palavras dos personagens, para Stanislavski “nunca se deve permitir representar exteriormente algo que você não tenha experimentado intimamente”, como já cometamos na semana anterior.



Referencias:

Stanislávski e Tchecov Documento PDF

agaivotat...pdf, A Linha d...pdf.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

As ideias de Stanislavski em minha concepção

Universidade Aberta do Brasil – UAB


Universidade de Brasília - UNB

Instituto de Artes - IdA

Licenciatura em Artes

Disciplina: Historia do Teatro II

Professor: Marcus Mota

Tutora: Dhenise de Almeida Celso Neto

Aluna: Eunice sobrinho do Nascimento

Tarefa: Comentários dos materiais sobre Stanislavski



Este texto pretende apresentar algumas abordagens das idéias stanislavskiana para a formação de um ator criativo, tendo em vista que Stanislavski foi um grande fenômeno do teatro, e que teve uma vida de grandes emoções ao construir sua vida pessoal e profissional. Era ator, diretor possuía técnicas teatrais diferenciadas, enfrentava qualquer papel, mesmo com todas suas dificuldades como mostra o documentário do filme que ele não conseguia decorar os textos, e para resolver isso propôs a inovação de técnicas para desenvolver suas próprias habilidades, dando novo sentido ao mundo teatral, acrescentando o que um ator criativo precisa para se comunicar melhor com o publico.

Conforme as idéias de Stanislavski o ator precisa de leitura, compreensão de textos e aparte daí desenvolver seu próprio conhecimento, para Stanislavski “nunca se deve permitir representar exteriormente algo que você não tenha experimentado intimamente”, pois “um dos procedimentos utilizados por ele foi o subtexto que é uma teia de incontáveis, variados padrões interiores dentro de uma peça e de um papel.” Como cita o texto Stanislavski e a arte da atuação, sendo assim de fundamental importância que o ator esteja presente de corpo e alma na hora da atuação, para que sua encenação não seja uma imitação repetitiva.

O gênio do teatro entendia que cada apresentação era uma aprendizagem diferente e única, a comunicação tinha que ser completa entre palco e platéia, para isso o ator precisaria se entregar por inteiro, criando seu próprio personagem como um ser vivo, abrindo mão de sua própria experiência e passar a veracidade dos fatos apresentados.

Stanislavski tinha uma visão diferente ao observar como era aplicado os métodos de fazer teatro, discordando das tradições assumiu a responsabilidade de ajudar outros atores em suas próprias maneiras artísticas permitindo um conhecimento maior com sigo mesmo, para consegui esses objetivos ele precisou usar suas teorias e constituir novas estratégias para a formação de atores criativos, apresentando novos métodos, onde cada gesto necessita sempre ter uma finalidade na apresentação.

Segundo o texto Stanislavski e a arte da atuação, “A tensão física que impede o movimento corporal, ou a atuação entulhada de múltiplos de gestos supérfluos, ambas advém do desconhecimento das circunstâncias da representação,” e dando três termos para esses momentos que a “tensão supérflua, que vem, inevitavelmente, a cada nova pose adotada com a excitação de executá-las em público; relaxamento automático dessa tensão supérflua, sob a ação do controlador; e justificação da pose, quando por si mesma ela não convence o ator. 10” conforme o texto. Com esses métodos Stanislavski acreditava que o espectador poderia obter as mesmas emoções que o ator, já que sua visão artística tinha uma concepção de satisfazer o publico de forma profissional e artista.



Portanto o ponto que pude compreender como principal para a formação de um ator nas teorias de Stanislavski é que precisamos sempre trabalhar com o corpo e a alma. Pois um ator de atitude e criatividade busca novas maneira de estuda,conseguir interagir com o publico, visualiza sua atitude no palco e a reação da platéia, desperta imaginação e sentimentos na hora do espetáculo. Trazendo isso para nossa realidade posso dizer que é uma grande verdade, pois não podemos falar de algo que não conhecemos, quando praticamos o ato da realidade tudo dar certo prova disso foi o grande sucesso de Stanislavski.